DSCH - SCHOSTAKOVICH ENSEMBLE
DSCH - SCHOSTAKOVICH ENSEMBLE
Direção artística: Filipe Pinto-Ribeiro
O DSCH - Schostakovich Ensemble é considerado um dos agrupamentos musicais de topo do atual panorama internacional.
Sediado em Lisboa desde a sua fundação, pelo pianista e diretor artístico Filipe Pinto-Ribeiro, o DSCH é um ensemble de geometria variável, uma plataforma de encontro e interação de músicos de excelência, mestres nos seus instrumentos, animados pelo prazer de fazer música de câmara e por uma profunda cumplicidade artística.
Iniciou a sua atividade em 2006, ano do centenário do nascimento do compositor Dmitri Schostakovich, a quem deve o nome. Esta homenagem a um compositor está na senda da história e experiência de alguns dos principais ensembles fundados no século XX, nomeadamente o Quarteto Beethoven (Rússia), o Quarteto Alban Berg (Aústria), o Trio Borodin (EUA), o Quarteto Ysaÿe (França) ou o Schönberg Ensemble (Holanda). No caso do Schostakovich Ensemble, quere-se também exaltar o ideal artístico de autenticidade e humanismo, de rigor e paixão, expresso no enigma musical de cariz autobiográfico encerrado na assinatura musical oculta de Dmitri Schostakovich, o criptograma DSCH, criado pelo compositor com base nas primeiras letras do seu nome e apelido, ou seja, o motivo musical temático “Ré - Mi bemol - Dó - Si”, utilizado em algumas das suas obras mais significativas.
O vasto repertório do Schostakovich Ensemble integra obras de compositores de diversas épocas e estilos musicais, de Beethoven a Schumann, de Mozart a Messiaen, de Haydn a Webern, de Brahms a Ravel, incluindo contemporâneos, como Sofia Gubaidulina, com a qual o Ensemble estabeleceu uma estreita colaboração.
Desde a sua estreia em 2006, o Schostakovich Ensemble apresentou concertos de norte a sul de Portugal, nomeadamente nas cidades de Bragança, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Viseu, Coimbra, Lisboa, Portimão e Faro, entre outras, e tornou-se em 2008 o Ensemble em Residência no Centro Cultural de Belém. Nos outros países em que se apresentou, caso de Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Estónia, Suécia ou Rússia, o Schostakovich Ensemble obteve sempre uma grande receptividade do público e excelentes recensões da crítica musical. Nesse contexto, tem também divulgado o património musical português, estreando em alguns daqueles países obras de compositores portugueses de diversas épocas.
Em 2018, instituiu o Prémio de Composição DSCH – Schostakovich Ensemble que tem como objetivo reconhecer, incentivar e divulgar a criação musical erudita contemporânea portuguesa e destina-se a galardoar a obra e o trajeto de mérito de um compositor português de referência. Luís Tinoco, Eurico Carrapatoso e Andreia Pinto Correia foram distinguidos, respectivamente, em 2019, 2021 e 2023.
Ao longo dos seus quase 20 anos de existência, o Schostakovich Ensemble tem contado com a participação, dos violinistas Corey Cerovsek, Tedi Papavrami, Esther Hoppe, Liza Ferschtman, Renaud Capuçon, Jack Liebeck e Benjamin Schmid, dos violetistas Lars Anders Tomter, Isabel Charisius, e Gérard Caussé, dos violoncelistas Adrian Brendel, Christian Poltéra, Gary Hoffman, Kyril Zlotnikov e Edgar Moreau, dos contrabaixistas Tiago Pinto-Ribeiro e Matthew McDonald, das flautistas Emily Beynon, Silvia Careddu e Adriana Ferreira, dos oboístas Ramón Ortega e Jonathan Kelly, dos clarinetistas Pascal Moraguès e Michel Portal, dos cantores José van Dam e Anna Samuil e dos pianistas Eldar Nebolsin, Rosa Maria Barrantes e Filipe Pinto-Ribeiro, entre outros.
Desde 2006, alguns dos concertos do Schostakovich Ensemble foram gravados e transmitidos pela RTP Antena 2 e pelo canal de televisão francês Mezzo.
2018 marcou o início da discografia do Schostakovich Ensemble, com a primeira gravação mundial da Integral da Música de Câmara para Piano e cordas de Dmitri Schostakovich, gravada por Filipe Pinto-Ribeiro, Corey Cerovsek, Cerys Jones, Isabel Charisius e Adrian Brendel. O duplo álbum, com a chancela da editora francesa Paraty e a distribuição mundial da Harmonia Mundi PIAS, recebeu as mais elevadas distinções da crítica especializada - 5 Diapasons, Opus D’Or, máximas classificações da revista alemã Das Orchester, da revista holandesa Luister, da revista belga Crescendo e da Kulturradio Radio Berlin-Brandenburg, Melhor do ano 2018 Jornal Público, Álbum do ano 2018 Classique News - e excelentes críticas de orgãos de comunicação de referência, como as revistas Gramophone e Scherzo, o jornal Guardian, entre outros.
Em 2020, foi lançado o segundo álbum do DSCH – Schostakovich Ensemble dedicado à música de Ludwig van Beethoven (Paraty/Harmonia Mundi), no ano em que se assinalaram os 250 anos do seu nascimento. O CD inclui os Trios Opus 11 e 38 de Beethoven, na interpretação de Filipe Pinto-Ribeiro, Pascal Moraguès e Adrian Brendel, e tem recebido excelentes críticas da imprensa especializada.
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