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CONCERTO: DSCH SCHOSTAKOVICH ENSEMBLE NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

Concerto: DSCH - Schostakovich Ensemble na Fundação Calouste Gulbenkian

 

No dia 24 de setembro de 2020, às 19:00, o DSCH - Schostakovich Ensemble apresenta-se em concerto no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do Festival Jovens Músicos 2020 da RTP Antena 2.

Para este concerto, o diretor artístico e pianista do DSCH – Schostakovich Ensemble, Filipe Pinto-Ribeiro, conta com a companhia de dois músicos de vanguarda do panorama internacional, o violinista Tedi Papavrami e o violoncelista Kyril Zlotnikov, na interpretação de duas obras-primas da música de câmara: o Trio Op. 70 N. 1 "Os Espíritos", de Ludwig van Beethoven, e o Trio Op. 90 "Dumky", de Antonín Dvořák.

 

 

 

24 de setembro de 2020 | 19:00 | Fundação Calouste Gulbenkian, Grande Auditório

 

Festival Jovens Músicos 2020

 

 

DSCH - SCHOSTAKOVICH ENSEMBLE

Filipe Pinto-Ribeiro - piano e direção artística

Tedi Papavrami - violino

Kyril Zlotnikov - violoncelo

 

 

Programa

 

 

Ludwig van Beethoven (1770 - 1827):

 

Trio com Piano Op. 70 N. 1 “Os Espíritos”

I. Allegro vivace con brio

II. Largo assai ed espressivo

III. Presto - Finale

 

 

Antonín Dvořák (1841 - 1904):

 

Trio com Piano N. 4 Op. 90 “Dumky”

I. Lento maestoso - Allegro

II. Scherzo - Allegro

III. Andante - Vivace non troppo - Allegretto

IV. Andante moderato - Allegretto scherzando - Quasi tempo di marcia

V. Allegro

VI Lento maestoso - Vivace

 

 

 

Biografias

 

Filipe Pinto-Ribeiro, Piano e Direção Artística

Considerado um dos grandes pianistas europeus da sua geração, Filipe Pinto-Ribeiro é reconhecido pela sua sensibilidade poética, inteligência musical e criatividade artística.

Nasceu no Porto e, após estudos em diversos países, foi discípulo de Lyudmila Roschina no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, onde se doutorou com as mais elevadas classificações em 2000.

Desenvolve uma intensa atividade solística e camerística, abrangendo um vasto repertório que se estende do Barroco até aos nossos dias.

É frequentemente convidado como solista pelas principais orquestras portuguesas e de vários países, como Rússia, Espanha, Cuba, Eslováquia, Arménia ou Bélgica, tendo colaborado com os maestros John Nelson, Emilio Pomàrico, Charles Olivieri-Munroe, Boguslaw Dawidow, Rengim Gökmen, Daniel Smith, Marc Tardue, Misha Rachlevsky, Christoph Poppen Dmitri Liss e Mikhail Agrest, entre outros.

Apaixonado pela música de câmara, tem-se apresentado em parceria com alguns dos maiores nomes do panorama internacional como Gary Hoffman, Pascal Moraguès, Mihaela Martin, Janne Saksala, Corey Cerovsek, José van Dam, Tedi Papavrami, Renaud Capuçon, Adrian Brendel, Benjamin Schmid, Gérard Caussé, Michel Portal, Emily Beynon, Jack Liebeck, Christian Poltéra, Isabel Charisius, Radek Baborák, Eldar Nebolsin, Ramón Ortega, Lars Anders Tomter, Anna Samuil e Frans Helmerson.

Filipe Pinto-Ribeiro é fundador (2006) e diretor artístico do DSCH - Schostakovich Ensemble com o qual lançou, em 2018, o duplo álbum com a 1.ª gravação mundial da Integral da Música de Câmara para Piano e Cordas de Dmitri Schostakovich (Paraty/Harmonia Mundi PIAS) que tem recebido excelentes críticas e distinções da imprensa internacional.

Gravou diversos CDs a solo: no seu CD de estreia, interpreta obras de Mussorgsky, Scriabin, Schostakovich, Debussy e Ravel; são ainda de destacar os CDs “Bach Piano Transcriptions” e “Berlin Sessions”, com obras de Scarlatti, Seixas, Beethoven, Wagner e Prokofiev. A sua última gravação a solo, o duplo CD “Piano Seasons” (Paraty/Harmonia Mundi PIAS), com obras de Tchaikovsky, Carrapatoso e Piazzolla / Nisinman, tem recebido as mais elevadas distinções da crítica internacional.

Gravou ainda um CD em duo com a sua mulher, a pianista Rosa Maria Barrantes, com obras de compositores franceses.

É frequentemente solicitado como diretor de vários projetos, destacando-se atualmente o Festival e Academia Verão Clássico, que fundou em 2015 e realiza-se anualmente no Centro Cultural de Belém. Para além da sua intensa atividade concertística, foi Professor de Piano durante a última década em várias universidades portuguesas e, orienta frequentemente Masterclasses, em Portugal e no estrangeiro.

Filipe Pinto-Ribeiro é Steinway Artist, nomeação que recebeu em 2014 da Steinway & Sons.

 

Tedi Papavrami, Violino

Reconhecido como um dos maiores violinistas da sua geração, Tedi Papavrami nasceu na Albânia e iniciou o estudo do violino aos 5 anos com o seu pai. Três anos mais tarde tocou a solo com a Orquestra Filarmónica de Tirana as “Árias Boémias” de Sarasate, e, aos onze anos, foi solista no Concerto N.º 1 de Paganini.

Convidado para Paris, o jovem virtuoso tornou-se aluno de Pierre Amoyal no Conservatório Superior de Paris. Nesse período, para além de inúmeros concertos, apresentou-se como violinista em vários programas de televisão.

Na sequência de uma série de prémios, Tedi Papavrami começou na década de 1990 a sua carreira como solista e músico de câmara, colaborando como solista com maestros da estatura de Kurt Sanderling, Antonio Pappano, Armin Jordan, Emmanuel Krivine, Manfred Honeck, François-Xavier Roth, Thierry Fischer, Gilbert Varga e Matthias Aeschenbacher, entre outros.

No âmbito da música de câmara, foi membro do Quatuor Schumann, um quarteto com piano, durante nove anos. Apresentou-se ainda em concertos com parceiros do calibre de Philippe Bianconi, Nelson Goerner, Maria João Pires, Martha Argerich, Gary Hoffman, Marc Coppey, Paul Meyer e Lawrence Power.

Com ampla e premiada discografia, Tedi Papavrami foi laureado em 2014 com o Diapason d´Or de “Instrumentista Solista do Ano” e um Choc Classica, por um disco dedicado às obras para violino solo de Eugène Ysaÿe.

Apaixonado pela literatura, após a morte do tradutor albanês Jusuf Vrioni, em 2000, assumiu a tarefa de traduzir para francês as obras do autor Ismail Kadare. Essa incursão na esfera literária continuou em 2013, com “Fugue pour Violon Seul”, publicado por Robert Laffont. Saudada por unanimidade pela imprensa, esta narrativa autobiográfica de Tedi Papavrami relata o seu passado como menino prodígio na Albânia, seguido de sua fuga para o ocidente e para a liberdade.

Tedi Papavrami atualmente reside em Genebra, na Suíça, onde é Professor de Violino na Escola Superior de Música de Genebra, desde setembro de 2008.

Toca um violino Stradivarius de 1727, o “Reynier”, que lhe é cedido pelo grupo Louis Vuitton Moët Hennessy.

 

Kyril Zlotnikov, Violoncelo

O violoncelista israelita Kyril Zlotnikov, nasceu em Minsk, na Bielorrússia, numa família de músicos. Iniciou os estudos com o professor Vladimir Perlin. Prosseguiu a sua formação em Israel com os professores Uzi Wiesel e Hillel Zori, terminando a educação musical sob a direção do professor Michael Khomitzer na Academia de Música e Dança Rubin. Enquanto estudante, participou em masterclasses e cursos com músicos proeminentes, como Isaac Stern, Yo-Yo Ma, Natalia Gutman, Boris Pergamenschikov, Aldo Parisot e György Kurtág. Desde 1991, Kyril Zlotnikov foi bolseiro da Fundação Cultural Israelo-Americana e foi laureado em vários concursos internacionais.

É membro fundador do Quarteto de Cordas de Jerusalém, um dos mais destacados e dinâmicos quartetos de cordas da atualidade, que se apresenta por todo o mundo e que grava exclusivamente para a editora Harmonia Mundi desde 2002.

Tocou como solista com grandes orquestras, como a Filarmónica de Israel, as Sinfónicas de Jerusalém e de Ludwigsburg, a Orquestra Gulbenkian, a West-Eastern Divan Orchestra, a Jerusalem Camerata, em colaboração com maestros aclamados, como Daniel Barenboim, Zubin Mehta, Pierre Boulez, Lawrence Foster, Asher Fish e Simone Young.

Kyril Zlotnikov é convidado regular em festivais de música de câmara como o Proms, Bartók Festival, Vancouver, Menton, Ravinia, Schleswig-Holstein, Jerusalém e Schwetzingen, partilhando o palco com músicos como Daniel Barenboim, Jessye Norman, Pierre Boulez, Elena Bashkirova, Mitsuko Uchida, Natalia Gutman, Tabea Zimmerman, Miriam Fried, Hagai Shaham, Michael Tree, Asher Fish, Nikolaj Znaider, Lang Lang e Richard Stoltzman.

Desde 2003, Kyril Zlotnikov foi o violoncelista principal e professor do naipe de violoncelo na West-Eastern Divan Orchestra, sob a direção do maestro Daniel Barenboim. Participou também em projetos especiais e digressões com a orquestra Berlin Staatskapelle como violoncelista principal.

Com Daniel Barenboim e Nikolaj Znaider, gravou em 2006 para a EMI a integral dos Trios com Piano de Wolfgang Amadeus Mozart.

Kyril Zlotnikov toca um violoncelo Giovanni Battista Ruggieri, de 1710, que lhe é generosamente cedido por um colecionador privado.

 

 

DSCH - Schostakovich Ensemble

 

“Se houvesse Prémio Nobel da Música, o DSCH - Schostakovich Ensemble seria candidato!” in Das Orchester

“O Schostakovich Ensemble não só toca ao mais alto nível mas também tem muito a dizer.” in Luister

“O DSCH – Schostakovich Ensemble é uma formação que reúne excelentes músicos.” in Diapason

"Um ensemble de topo.” in Opus Klassiek

 

O DSCH - Schostakovich Ensemble é um projeto português de âmbito internacional, sediado em Lisboa desde a sua fundação em 2006, sob a direção artística do pianista Filipe Pinto-Ribeiro.
Agrupamento musical de geometria variável, o Schostakovich Ensemble constitui uma plataforma de encontro e interação de músicos de excelência no panorama internacional, mestres nos seus instrumentos, animados pelo prazer de fazer música de câmara e por uma profunda cumplicidade artística.
Foi criado por Filipe Pinto-Ribeiro em 2006, ano do centenário do nascimento do compositor Dmitri Schostakovich, a quem deve o nome. Esta homenagem a um compositor está na senda da história e experiência de alguns dos principais ensembles fundados no século XX, nomeadamente o Quarteto Beethoven (Rússia), o Quarteto Alban Berg (Aústria), o Trio Borodin (EUA), o Quarteto Ysaÿe (França) ou o Schönberg Ensemble (Holanda). No caso do Schostakovich Ensemble, quere-se também exaltar o ideal artístico de autenticidade e humanismo, de rigor e paixão, expresso no enigma musical de cariz autobiográfico encerrado na assinatura musical oculta de Dmitri Schostakovich, o criptograma DSCH, criado pelo compositor com base nas primeiras letras do seu nome e apelido, ou seja, o motivo musical temático “Ré - Mi bemol - Dó - Si”, utilizado em algumas das suas obras mais significativas.
O vasto repertório do Schostakovich Ensemble integra obras de compositores de diversas épocas e estilos musicais, de Bach a Schumann, de Mozart a Messiaen, de Haydn a Webern, de Brahms a Ravel, de Beethoven a Dvořák, incluindo contemporâneos, como Sofia Gubaidulina, com a qual o Ensemble estabeleceu uma estreita colaboração.
Desde a sua estreia em 2006, o Schostakovich Ensemble apresentou concertos de norte a sul de Portugal, nomeadamente nas cidades de Bragança, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Viseu, Coimbra, Lisboa, Portimão e Faro, entre outras, e tornou-se em 2008 o Ensemble em Residência no Centro Cultural de Belém. Nos outros países em que se apresentou, caso de Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Estónia, Suécia ou Rússia, o Schostakovich Ensemble obteve sempre uma grande receptividade do público e excelentes recensões da crítica musical. Nesse contexto, tem também divulgado o património musical português, estreando em alguns daqueles países obras de compositores portugueses de diversas épocas.
Em 2019, o Ensemble atribui ao compositor Luís Tinoco o Prémio de Composição DSCH - Schostakovich Ensemble, na sua primeira edição. O Prémio, de periodicidade bienal, tem como objetivo reconhecer, incentivar e divulgar a criação musical erudita contemporânea portuguesa e destina-se a galardoar a obra e o trajeto de mérito de um compositor português de referência.
Ao longo dos seus 15 anos de existência, o Schostakovich Ensemble tem contado com a participação, entre outros, dos violinistas Corey Cerovsek, Renaud Capuçon, Benjamin Schmid, Jack Liebeck, Tedi Papavrami, Karen Gomyo, Philippe Graffin, Tatiana Samouil e Cerys Jones, dos violetistas Isabel Charisius, Gérard Caussé, Lars Anders Tomter e Vladimir Mendelssohn, dos violoncelistas Adrian Brendel, Christian Poltéra, Gary Hoffman, Kyril Zlotnikov, Justus Grimm, Nicolas Altstaedt e Edgar Moreau, dos contrabaixistas Tiago Pinto-Ribeiro e Matthew McDonald, das flautistas Silvia Careddu e Adriana Ferreira, dos oboístas Ramón Ortega e Jonathan Kelly, dos clarinetistas Pascal Moraguès e Michel Portal, dos percusionistas Juanjo Guillem e Pedro Carneiro, do bandoneonista Marcelo Nisinman, dos cantores José van Dam, Anna Samuil e Maria Gortsevskaya, e dos pianistas Eldar Nebolsin, Rosa Maria Barrantes e Filipe Pinto-Ribeiro.
Desde 2006, alguns dos concertos do Schostakovich Ensemble foram gravados e transmitidos pela RTP Antena 2 e pelo canal de televisão francês Mezzo.

2018 marcou o início da discografia do Schostakovich Ensemble, com a primeira gravação mundial da Integral da Música de Câmara para Piano e cordas de Dmitri Schostakovich, gravada por Filipe Pinto-Ribeiro, Corey Cerovsek, Cerys Jones, Isabel Charisius e Adrian Brendel. O duplo álbum, com a chancela da editora francesa Paraty e a distribuição mundial da Harmonia Mundi PIAS, está a receber as mais elevadas distinções da crítica especializada - 5 Diapasons, Opus D’Or, máximas classificações da revista alemã Das Orchester, da revista holandesa Luister, da revista belga Crescendo e da Kulturradio Radio Berlin-Brandenburg, Melhor do ano 2018 Jornal Público, Álbum do ano 2018 Classique News - e excelentes críticas de orgãos de comunicação de referência, como as revistas Gramophone e Scherzo, o jornal Guardian, entre outros.

No outono de 2020, será lançado o segundo álbum do DSCH – Schostakovich Ensemble, dedicado à música de Ludwig van Beethoven, no ano em que se comemoram os 250 anos do seu nascimento.

 

Mais informações: https://gulbenkian.pt/musica/

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