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FESTIVAL DE MÚSICA DOS CAPUCHOS 2022

Festival de Música dos Capuchos 2022

Director Artístico: Filipe Pinto-Ribeiro

 

16 JUN > 10 JUL 2022

 

Almada - Portugal

 

Toda a informação em: WWW.FESTIVALCAPUCHOS.COM

 

Programa geral

 

16 JUN

21:30 | Convento dos Capuchos 

Prelúdio dos Capuchos

Variações Goldberg 1

Pierre Hantaï, cravo

 

17 JUN

21:30 | Nova FCT 

Concerto de Abertura

Viena Clássica

Orquestra de Câmara de Viena

Diana Tishchenko, violino

Victor Julien-Laferrière, violoncelo e direção

Orquestra de Câmara de Viena

 

18 JUN

21:30 | Nova FCT 

Mozart Fest

Orquestra de Câmara de Viena

Filipe Pinto-Ribeiro, piano
Diana Tishchenko, violino

Gérard Caussé, viola

Orquestra de Câmara de Viena

 

19 JUN

17:00 | Convento dos Capuchos 

Conversa dos Capuchos 1: “Quem tem medo de Marcel Proust?”

Com moderação de Carlos Vaz Marques e os convidados António Mega Ferreira, Jorge Vaz de Carvalho

19:00 | Convento dos Capuchos 

“Bonsoir Monsieur Proust”

Debussy, Fauré, Franck, Hahn
Diana Tishchenko, violino

Gérard Caussé, viola

Filipe Pinto-Ribeiro, piano

 

24 JUN

21:30 | Convento dos Capuchos 

Interlúdio dos Capuchos

Variações Goldberg 2

Konstantin Lifschitz, piano

 

25 JUN

21:30 | Nova FCT 

Tango Fest

Héctor del Curto & Friends

Héctor del Curto, bandoneon

David Castro-Balbi, violino

Jisoo Ok, violoncelo

Tiago Pinto-Ribeiro, contrabaixo

Rosa Maria Barrantes, piano

Santiago del Curto, clarinete

 

26 JUN

17:00 | Convento dos Capuchos 

Conversa dos Capuchos 2: “Agustina nunca existiu”

(no centenário do nacimento de Agustina Bessa-Luís)

Com moderação de Carlos Vaz Marques e as convidadas Hélia Correia e Mónica Baldaque

19:00 | Convento dos Capuchos 

Concerto Schubertíada
Filipe Pinto-Ribeiro, piano

David Castro-Baldi, violino

Isabel Villanueva, viola

Jisoo Ok, violoncelo

Tiago Pinto-Ribeiro, contrabaixo

 

1 JUL

21:30 | Convento dos Capuchos 

Chopin & Schumann

Anna Tsybuleva, piano

 

2 JUL

18:00 | Convento dos Capuchos 

Canções de LOPES-GRAÇA

Raízes 1

Susana Gaspar, soprano

Nuno Vieira de Almeida, piano

21:30 | Nova FCT 

GALANDUM GALUNDAINA

Raízes 2

Paulo Preto

Paulo Meirinhos

Alexandre Meirinhos

João Pratas

 

3 JUL

17:00 | Convento dos Capuchos 

Conversa dos Capuchos 3: “O impulso épico”

Com moderação de Carlos Vaz Marques e os convidados Manuel Alegre e (leitura de) Lia Gama 

19:00 | Convento dos Capuchos 

Amor e tragédia nas viagens de Camões

Tin-Nam-Men ou a Gruta de Patane

Filipe Faria, voz

Sérgio Peixoto, voz

Pedro Castro, flautas e oboé barroco

Tiago Matias, alaúde, guitarra barroca e tiorba

Mário Franco, contrabaixo

Baltazar Molina, percussão

Sete Lágrimas

 

8 JUL

21:30 | Convento dos Capuchos 

Carta Branca a António Wagner Diniz

Artur Santos, Lopes-Graça, Fauré, Debussy, Satie, Poulenc

Laura Martins, soprano

Rita Filipe, mezzo soprano

Diogo Chaves, barítono

Frederico Pais, barítono

Francisco Ribeiro, barítono baixo

Pedro Vieira de Almeida, piano

Filipa Soares, piano

António Wagner Diniz, narração

 

9 JUL

21:30 | Nova FCT

Concerto de Encerramento

Beethoven Fest

Anna Samuil, soprano

Alexi Kenney, violino

Adrian Brendel, violoncelo

Filipe Pinto-Ribeiro, piano

Claudio Vandelli, direção

Orquestra Gulbenkian

 

10 JUL

19:00 | Convento dos Capuchos

Poslúdio dos Capuchos

Variações Goldberg 3

Alexi Kenney, violino

Lars Anders Tomter, viola

Adrian Brendel, violoncelo

 

Introdução por Filipe Pinto-Ribeiro, diretor artístico do Festival de Música dos Capuchos

 

Bem-vindos à edição de 2022 do Festival de Música dos Capuchos!

Após um silêncio de duas décadas, o Festival de Música dos Capuchos “renasceu” em 2021, com renovado vigor e excelência artística, num regresso, saudado nacional e internacionalmente, que resgata o seu lugar de evento cultural de referência e o seu público entusiasta que, apesar das restrições causadas pela pandemia de COVID-19, esgotou a maioria dos concertos.
Artistas da mais elevada envergadura, como Alfred Brendel, Hopkinson Smith, Sergei Nakariakov, Viviane Hagner e Alexander Kantorow, entre muitos outros, marcaram presença e abrilhantaram a edição de 2021, lançando o mote de excelência para um futuro de novos desafios, (re)descobertas e fascínios.

Chegamos, pois, a 2022, inspirados por este legado e entusiasmados pela construção de mais um elo nesta corrente infinita e bela que é a Arte: ex nihilo nihil fit, nada surge do nada…
E, assim, começamos – e encerramos – o Festival de 2022 com uma das mais míticas e icónicas composições da música ocidental: as Variações Goldberg, de Johann Sebastian Bach.
Obra de absoluta beleza e complexidade, que alguém descreveu como “um cubo de Rubik de invenção e de arquitectura”, as Variações Goldberg são interpretadas ao longo do Festival em três momentos e em três versões – cravo, piano e trio de cordas –, que tomam a forma de Prelúdio, Interlúdio e Poslúdio do Festival. Música circular, sem início nem fim… as Variações Goldberg são uma manifestação artística suprema de continuidade, de eternidade, de universalidade.

A programação de 2022 do Festival dos Capuchos é especialmente preenchida por vários concertos monográficos, que nos permitem viajar por diversas facetas criativas e (re)descobrir obras de Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven, Franz Schubert e Fernando Lopes-Graça.

Como preâmbulo das jornadas musicais do Festival dos Capuchos, e para associarmos a evocação da palavra escrita à força expressiva da música, o ciclo de Conversas dos Capuchos é, em 2022, dedicado a três importantes efemérides literárias deste ano: os 450 anos da publicação de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, cuja Conversa é seguida por um concerto dedicado ao que seria a “sonovisão” de Camões, da sua época, dos lugares por onde passou e dos ambientes que frequentou; e os centenários do nascimento de Agustina Bessa-Luís e da morte de Marcel Proust, cujo concerto que se segue à Conversa delineia um percurso panorâmico pela música de câmara francesa “acompanhada” pelo grande melómano que foi Proust.

Vários agrupamentos e músicos de primeira linha internacional estão presentes na edição de 2022 do Festival de Música dos Capuchos. Entre eles, realçam-se a Orquestra de Câmara de Viena, considerada uma das principais orquestras de câmara mundiais, e músicos consagrados desde há décadas, como é o caso do cravista Pierre Hantaï, do violetista Gérard Caussé, que regressa aos Capuchos mais de 30 anos depois, do pianista Konstantin Lifschitz ou do bandoneonista argentino radicado em Nova Iorque Héctor Del Curto, entre outros.

É também motivo de destaque a participação de alguns dos jovens músicos mais requisitados e empolgantes da atualidade, vencedores dos principais concursos mundiais, como é o caso da violinista ucraniana Diana Tishchenko, Grand Prix Jacques Thibaud no lendário Concurso Internacional Long-Thibaud-Crespin de Paris (2018), a pianista russa Anna Tsybuleva, Primeiro Prémio do Concurso Internacional de Piano de Leeds (2015), e o violoncelista e maestro francês Victor Julien-Laferrière, vencedor do célebre Concurso Rainha Elisabeth de Bruxelas (2017), naquela que foi a primeira edição da História dedicada ao violoncelo.

A nível nacional, sublinho com entusiamo a presença da Orquestra Gulbenkian, do DSCH – Schostakovich Ensemble, do Sete Lágrimas e do grupo de música tradicional mirandesa Galandum Galundaina. Este último apresentará um concerto dedicado à música de Terras de Miranda/Nordeste Transmontano, numa vertente dedicada a outros géneros musicais que o Festival dos Capuchos abraça e que se manifesta também no concerto destinado ao universo do tango, com especial enfoque na música de Astor Piazzolla.

Por fim, last but not least, um momento de agradecimento e de homenagem a António Wagner Diniz, co-fundador do Festival dos Capuchos, em parceria com o saudoso José Adelino Tacanho que prosseguiu e dirigiu admiravelmente a “aventura” em que ambos se lançaram no início dos anos 80 do século passado. Trata-se de um concerto “Carta Branca” a António Wagner Diniz, que concebeu um evento original com a participação de um leque de jovens e talentosos cantores, seus discípulos, e no qual, nas suas palavras, “pretende cumprir dois rituais, o de passagem de testemunho e o de despedida”.
Volto a Bach e às suas Variações Goldberg, música sem princípio nem fim, testemunho genial de continuidade infinita…

O meu bem-haja a todos os que tornam possível a realização do Festival de Música dos Capuchos, com destaque para a Câmara Municipal de Almada, promotora desta iniciativa louvável, e para o Mecenas Principal do Festival, BPI/Fundação “la Caixa”, de forma a celebrarmos a vida unidos pela Música!

 

FILIPE PINTO-RIBEIRO

Director Artístico do Festival de Música dos Capuchos

 

WWW.FESTIVALCAPUCHOS.COM

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